sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Sociedade portuguesa no século XIII


A população portuguesa, no século XIII, dividia-se em 3 grupos: nobreza, clero e povo.

A nobreza e o clero eram os grupos sociais privilegiados.Possuíam terras, os senhorios, que lhes tinham sido dados pelo Rei com o objectivo de as povoarem, trabalharem e defenderem em caso de ataque.

Mais numeroso, o povo era o grupo social mais desfavorecido.Fazia os trabalhos mias pesados e não tinha direitos.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

STOP aos erros ortográficos nos comentários...




Escrever direito, "mesmo por linhas tortas", isso é ortografia. E quantos de nós sabemos ortografar? Ortografar, que é como quem diz: escrever bem, sem erros de ortografia, ou de concordância, ou de sintaxe e, claro, com acentos...

Com as pressas, ou não os comentários estão carregadinhos de erros de ortografia.


STOP aos erros de ortografia,OK?Têm de fazer um esforço.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

A formação do Reino de Portugal - IV e última parte





PORTUGAL NO SÉCULO XIII: O REINO DE PORTUGAL E DO ALGARVE

- D. Sancho I, D. Afonso II e D. Afonso III continuaram a conquistar terras aos mouros. Só em 1249 é que o Algarve é definitivamente conquistado aos mouros, por isso D. Afonso III passa a ser intitulado REI DE PORTUGAL E DO ALGARVE.
- Algumas terras continuaram a ser disputadas por estes dois reinos peninsulares. Só no reinado de D. Dinis, em 1297, no Tratado de Alcanises, ficaram definidos os limites territoriais de Portugal.

A formação do Reino de Portugal -III parte




RECONHECIMENTO DO REINO

- Papa- chefe supremo da Igreja Católica, tinha muitos poderes e todos os reis e imperadores cristãos lhe deviam obediência. Quando se formava um reino cristão era o Papa que reconhecia a sua independência e confirmava o título de rei.


- D. Afonso Henriques, provando que era um bom rei cristão, construiu e restaurou sés e igrejas e deu propriedades e regalias aos mosteiros. Só em 1179 o Papa Alexandre III reconheceu D. Afonso Henriques como Rei de Portugal.

A formação do Reino de Portugal - II parte







A CONQUISTA DA LINHA DO TEJO

- A Reconquista portuguesa é lenta, com ocupações e percas.
- Depois do acordo de paz com o rei de Leão, em 1143, D. Afonso Henriques instalou-se com a sua corte em Coimbra. Em 1145, D. Afonso Henriques conquistou Leiria. A partir daqui os cavaleiros vão tentar conquistar Santarém e Lisboa (poderosas cidades mouras que formavam a linha do Tejo).
- Os rios eram as fronteiras naturais dos territórios (para Mouros e Cristãos), devido à travessia dos rios ser difícil e perigosa.
- Construíam-se castelos em pontos estratégicos, nas zonas onde os ataques eram frequentes.
- Em 1147 D. Afonso Henriques conquistou Santarém (tomando a cidade de assalto) e Lisboa. Na conquista de Lisboa foram auxiliados por uma poderosa armada de cruzados, vindos do Norte da Europa. A cidade foi cercada por D. Afonso Henriques e o seu exército, por terra e por rio. Ao fim de 4 meses os mouros foram vencidos pela fome e entregaram Lisboa aos Cristãos.
- De 1147 a 1148 os portugueses conquistaram mais terras para Sul, ocupando grande parte do Alentejo. Pouco depois, os mouros receberam reforços militares do Norte de África e recuperaram as terras.
- Em 1185 morreu D. Afonso Henriques.
- A Reconquista Cristã implicou a participação de quase toda a população portuguesa (o rei, ao senhores nobres, os monges guerreiros e o povo)

A formação do reino de Portugal - I parte







Período da reconquista cristã

Os reis cristãos tinham dificuldade em vencer os muçulmanos e pediam auxílio aos outros reinos cristãos da Europa. D. Afonso VI (rei de Leão e Castela) fez com que chegassem muitos cruzados (cavaleiros cristãos) para lutar contra os mouros.

D. Raimundo e D. Henrique de Borgonha (dois nobres cruzados franceses) destacaram-se nas lutas e casaram com as filhas de D. Afonso VI. D. Raimundo casou com D. Urraca e foi-lhe dado o Condado da Galiza. D. Henrique casou com D. Teresa e foi-lhe dado o Condado Portucalense.

D. Henrique estava dependente de D. Afonso VI (rei de Leão) e tinha de lhe prestar obediência, lealdade e auxílio militar.

Em 1112 D. Henrique morreu e D. Teresa ficou a governar o Condado Portucalense, porque seu filho, Afonso Henriques, ainda não tinha 4 anos.

Em 1125 Afonso Henriques (com 14 anos) armou-se a si próprio cavaleiro e revoltou-se contra sua mãe (que tinha uma ligação amorosa com o conde galego Fernão Peres de Trava).


Em 1128, D. Afonso Henriques instalou-se com a sua corte no castelo de Guimarães. Em 24 de Julho de 1128 travou-se a Batalha de S. Mamede (perto de Guimarães), entre os partidários de D. Afonso Henriques e D. Teresa. D. Afonso Henriques venceu e com 17 anos passou a governar o Condado Portucalense e decidiu:
- aumentar os territórios para sul, conquistando-os aos mouros;
- conseguir a independência do seu Condado, travando várias guerras.


Em 5 de Outubro de 1143 fez-se um acordo de paz – O Tratado de Zamora – em que D. Afonso VII (primo de D. Afonso Henriques) concede a independência do Condado Portucalense. Este passa a chamar-se REINO DE PORTUGAL e o 1º Rei é D. Afonso Henriques.
REI –era a autoridade máxima do Reino. Governava, fazia as leis, aplicava a justiça, administrava o Reino, chefiava os exércitos. Decidia a paz e a guerra. A monarquia portuguesa era hereditária – sucedia no Reino o filho mais velho (príncipe herdeiro).

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Bula




Bula- documento papal com um selo de chumbo redondo com o nome do Papa.




Papa- chefe supremo da Igreja Católica romana.








Questão- Identifica a Bula que em 1179 reconheceu Portugal como reino independente e D. Afonso Henriques como rei.

Fronteira...


Fronteira- limite do território de um país, a partir do qual os governos estrangeiros reconhecem não ter autoridade.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Os monges guerreiros e as ordens militares







Para o auxiliarem na luta contra os Muçulmanos, D. Afonso Henriques protegeu a instalação em Portugal das ordens de monges guerreiros ( que rezavam e combatiam) formadas na Europa Cristã. A partir de 1128 fez doações às ordens dos Templários (desde 1319 chamada Ordem de Cristo) e dos Hospitalários. Também a Ordem de Santiago, entre outras, foi protegida.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Batalha de Ourique por Camões!!!








Os Lusíadas,.Canto III, estâncias 42-53
A Batalha de Ourique- origem mística de Portugal e aclamação de Afonso Henriques como rei; adopção dos cinco escudos como armas nacionais.
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Mas já o príncipe Afonso aparelhava
o Lusitano exército ditoso,
contra o Mouro que as terras habitava
de além do claro Tejo deleitoso;
já no campo de Ourique se assentava
o arraial soberbo e belicoso,
defronte do inimigo Sarraceno,
posto que em força e gente tão pequeno.
aparelhava- preparava;
posto que- embora, no entanto.
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Em nenhua outra cousa confiado,
senão no sumo Deus que o Céu regia,
que tão pouco era o povo baptizado,
que, para um só, cem mouros haveria.
Julga qualquer juízo sossegado
por mais temeridade que ousadia
cometer um tamanho ajuntamento,
que para um cavaleiro houvesse cento.
tão pouco era o povo baptizado- tão poucos eram os cristãos;
julga qualquer juízo sossegado- dirá qualquer pessoa de bom senso;
cometer- atacar.
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Cinco reis mouros são os inimigos,
dos quais o principal Ismar se chama;
todos exprimentados nos perigos
da guerra, onde se alcança a ilustre fama.
Seguem guerreiras damas seus amigos,
imitando a formosa e forte Dama
de quem tanto os Troianos se ajudaram,
e as que o Termodonte já gostaram.
a formosa e forte dama (etc...)- refere-se à rainha das míticas amazonas (que viviam junto do rio Termodonte) e que, segundo a lenda, ajudou na defesa de Tróia;
gostaram- provaram (da água do rio)- compare-se com o françês "goûter".
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A matutina luz, serena e fria,
as estrelas do polo já apartava,
quando na Cruz o Filho de Maria,
amostrando-se a Afonso, o animava.
Ele, adorando Quem lhe aparecia,
na Fé todo inflamado assim gritava:
"Aos Infiéis, Senhor, aos Infiéis,
e não a mim, que creio o que podeis!"
polo- céu;
Filho de Maria- Jesus (alusão a uma visâo de Jesus Crucificado por Afonso Henriques, antes da batalha de Ourique, na qual se baseia a origem mística de Portugal).
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Com tal milagre os ânimos da Gente
Portuguesa inflamados, levantavam
por seu Rei natural este excelente
Príncipe, que do peito tanto amavam;
e diante do exército potente
dos imigos, gritando, o céu tocavam,
dizendo em alta voz: "Real, real,
por Afonso, alto Rei de Portugal!"
imigos- inimigos;
Aclamação pelo exército do príncipe como Rei de Portugal ("Arraial por Afonso, Rei de Portugal).
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Destarte o Mouro, atónito e torvado,
toma sem tento as armas mui depressa;
não foge, mas espera confiado,
e o ginete belígero arremessa.
O Português o encontra denodado,
pelos peitos as lanças lhe atravessa;
uns caem meios mortos e outros vão
a ajuda convocando do Alcorão.
Destarte- deste modo; desta forma; assim; na sequência disto.
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Cabeças pelo campo vão saltando,
braços, pernas, sem dono e sem sentido,
e doutros as entranhas palpitando,
Pálida a cor, o gesto amortecido.
Já perde o campo o exército nefando;
correm rios do sangue desparzido,
com que também do campo a cor se perde,
tornado carmesim, de branco e verde.
o gesto- o semblante;
nefando- abominável;
desparzido- derramado.
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Já fica vencedor o Lusitano,
recolhendo os troféus e presa rica;
desbaratado e roto o Mauro Hispano,
três dias o grão Rei no campo fica.
Aqui pinta no branco escudo ufano,
que agora esta vitória certifica,
cinco escudos azuis esclarecidos,
em sinal destes cinco Reis vencidos.
ufano- orgulhoso;
esclarecidos- ilustres, nobres.

domingo, 9 de janeiro de 2011

sábado, 8 de janeiro de 2011

Antes de D. Henrique...




O Condado Portucalense deve o seu nome à pequena povoação de Portucale ( primeiro nome da actual cidade do Porto). Esta povoação desenvolveu-se no período dos Suevos e dos Visigodos e, já no período muçulmano, voltou às mãos dos Cristãos em 868, quando foi reconquistada e repovoada por Vímara Peres.


A cidade de Guimarães, primeira capital do Condado, deve-lhe o seu nome ( os seus naturais chamam-se de vimaranenses).


Os descendentes de Vímara Peres foram os primeiros condes portucalenses, cujo território chegou a estender-se entre os rios Minho e Tejo.