A presença dos portugueses na região do Rio da Prata, data do início do século XVI, e foi um activo centro de comércio e contrabando, particularmente, durante a União Ibérica. mais tarde, D. Pedro II determinou ao governador do Rio de Janeiro, Manuel Lobo, que estabelecesse ali uma praça de armas. A expedição largou de São Vicente, a 8 de Dezembro de 1679, e a 28 de Janeiro seguinte fundaram a Colónia do Sacramento, situada quase em frente de Buenos Aires. Na expedição ia o engenheiro capitão António Correia Pinto, que deveria desenhar a fortificação. No ano seguinte os espanhóis atacaram a Colónia, conquistaram-na, e até o engenheiro morreu.
Em 1683 a Colónia foi devolvida a Portugal, seguindo agora como engenheiro, Filipe Lobo. Apesar da instabilidade a povoação foi-se desenvolvendo nas áreas limítrofes, crescendo também dentro da praça, e sendo esta muito reforçada. Sabemos que em 1701 estava aqui o experiente engenheiro Diogo da Silveira Veloso, e que a fortaleza ia resistindo a todas as investidas. Fizeram-se casas de morada, uma nova igreja matriz, casa da Câmara, etc.
Foi durante o governo de António Pedro de Vasconcelos, que durou 27 anos, que a povoação mais prosperou, completando-se uma muralha de mar-a-mar que se juntou à antiga fortificação. À frente da fortaleza construiu-se um revelim com tenalha. O grande portão que ainda subsiste deve ser da empreitada posterior aos estragos infligidos no ano de 1736; data de 1745 .
As várias reformas porque a fortaleza passou podem ser seguidas através da muita cartografia da época que se conserva, sendo claro que, após cada assédio, eram feitas novas obras, não só de restauro, como também de melhoramento e modernização. Não sabemos ao certo quem foi o autor do último grande projecto, mas a hipótese mais provável é que tenha sido José Custódio de Sá e Faria, que aqui esteve e até foi capturado pelas tropas espanholas, que o utilizaram em muitas empreitadas suas na Região do Rio da Prata.
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